4º lugar no TAL - 2011 - CETAB
De frente pro crime
Era meio dia em ponto e estava eu passando pela Rua Santos Dummont. Desejava almoçar na casa de um amigo, mas me deparei com uma aglomeração de pessoas. Por um momento não liguei; entretanto, não sei por que eu não prossegui os passos... Talvez pela curiosidade.
Queria saber o que estava acontecendo. O dono do bar, um senhor meio gordo e de estatura média, contou-me que havia ocorrido um crime ali e não tinham ainda descoberto quem fora. Havia muitas pessoas dentro do bar do Bitelo. As mesas estavam tão ocupadas que até o próprio dono servia seus clientes.
Lá se encontrava todo tipo de pessoas que eu nem poderia imaginar! Velhos, novos; brancos, negros; trabalhadores, preguiçosos... No meio de tanta gente era quase impossível reconhecer alguém, mas avistei um amigo da faculdade chamado Thalles.
Fitei também meus olhos em um candidato a vereador que só estava ali com o intuito de arrancar votos do povo. Propunha resolver a situação do crime na cidade caso fosse eleito. Não fui muito com a cara dele. Sei lá, eu o achei muito interesseiro.
Entristeci-me com muitos que se aproveitavam da multidão que se aglomerava na Rua Santos Dummont. Estavam ali com o fino propósito de vender produtos. Uns tentavam negociar relógios; outros até faziam propagandas de funerárias! Espantei-me com o slogan de uma delas: “trinta anos plantando homens na terra”! Oportunistas!
Naquele dia vi tanta coisa que nem percebi o passar das horas. Olhei meu relógio de pulso que já marcava 6h00 horas da tarde. Alguns que ali estavam já tinham ido para suas casas, mas percebi que uma mulher estava na janela de frente pro crime há horas... Ela me parecia familiar! Poderia até ficar ali, mas as horas não esperavam...
Autoria de: Marcos Sidne e Leomário
7ª série A – vespertino
Música que serviu de inspiração: Acesse!
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